Trabalhar com imagem requer que o operador saiba reconhecer o que é normal, que saiba alterar e otimizar a imagem, que saiba fazer manobras para fugir de artefatos. Mas por falar em artefato… é importantíssimo que o operador saiba reconhecer os artefatos e entender como eles são formados.
Vou dar um exemplo – REVERBERAÇÃO –
A reverberação é um artefato formado quando a onda sonora encontra uma superfície altamente reflexiva (como uma bolha de ar) e retorna o eco com intensidade semelhante. Se isso ocorresse uma vez, formaria uma linha branca na imagem. Só que essa onda fica sendo refletida – indo e voltando várias vezes e o aparelho entende como se as ondas que vem depois estejam vindo de estruturas mais profundas e o resultado disso são várias linhas hiperecogênicas com distâncias iguais.
Algumas situações em que é comum ver reverberação são:
Trato gastrointestinal:
Essa reverberação é a mais conhecida e é chamada “cauda de cometa”. Ocorre pelo artefato causado pela presença de gás entremeado ao bolo fecal.
Pneumoperitônio
Esse é um caso de patologia em que é importante conhecer o artefato para perceber que há gás livre dentro da cavidade abdominal, quando não deveria estar ali.
Pulmão
O ar do pulmão também causa o artefato de reverberação (assim como pneumotórax). É a avaliação do deslizamento do pulmão na pleura que vai nos dizer se há pneumotórax ou não.
E aí? O que achou? Viu como é importante conhecer os artefatos e usá-los em nosso benefício durante o exame ultrassonográfico?
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