A ultrassonografia e o Fígado

Tempo de leitura: 1 min

Escrito por Adriana Meirelles
em 10 abril, 2016

     A ultrassonografia é o exame de imagem mais frequentemente utilizado para avaliação do fígado. Às vezes recebemos pacientes com sinais que nos levam a suspeitar de doença hepática, muitas vezes sinais bem variáveis e inespecíficos (anorexia, perda de peso). Pode ser que tenha encontrado alterações hematológicas e bioquímicas compatíveis com doença hepática. O proprietário pode ter notado poliúria e polidipsia, ou a queixa é o aumento de volume abdominal. Nesses (e em vários outros casos), a ultrassonografia abdominal nos dá um suporte maior na tentativa de fechar o diagnóstico e oferecer o melhor tratamento ao paciente.
   A avaliação ultrassonográfica permite avaliação do tamanho do órgão, da arquitetura do parênquima hepático, dos vasos hepáticos e portais e do trato biliar.  É importante que o examinador seja qualificado para fazer a avaliação de todo o parênquima, conhecer o posicionamento do transdutor e suas angulações, saber ajustar o equipamento e conhecer as variações conformacionais do paciente.

   As alterações do fígado se dividem em focais/multifocais e difusas. Algumas alterações focais/multifocais são:
  • cistos
  • hematomas
  • abcessos
  • necrose hepática
  • hiperplasia nodular
  • neoplasias


   A mudança difusa do órgão pode ocorrer com aumento da ecogenicidade e diminuição da ecogenicidade.
    O aumento pode ocorrer em:
  •  infiltração gordurosa (lipidose, obesidade, diabetes mellitus)
  • hepatopatia esteroidal (medicamentosa ou hiperadrenocorticismo)
  • hepatite crônica
  • cirrose
  •  linfossarcoma

    A diminuição da ecogenicidade em:

  • hepatite aguda
  • congestão passiva (doenças cardíacas)
  • processos infiltrativos difusos: linfoma, leucemia, amiloidose.

    Também pode ocorrer ecogenicidade mista em:
  •  neoplasias difusas
  • síndrome hepatocutânea

    Na maioria das situações, recomenda-se punção aspirativa por agulha fina (PAAF) para análise citológica e/ou bacteriológica e esse procedimento pode ser realizado com mais segurança e precisão guiados por ultrassonografia. O acompanhamento ultrassonográfico periódico das lesões também pode nos dar informações valiosas sobre o diagnóstico, prognóstico e eficácia terapêutica.

    Logo posterei imagens, casos clínicos e artigos interessantes!

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