Dioctophyma renale, o verme gigante dos rins

Tempo de leitura: 1 min

Escrito por Adriana Meirelles
em 27 julho, 2016


Você inclui parasitismo por Dioctophyma renale na sua lista de diagnósticos diferenciais de hematúria? Se não incluía, passe a incluir. E mais uma vez ressalto a importância do exame ultrassonográfico sempre! Pode ser uma simples cistite, mas pode não ser 😉

O Dioctophyma renale, o verme renal gigante, é um parasita de ciclo complexo, que precisa de dois hospedeiros intermediários (anelídeos e peixes ou sapos) para depois infectar o mamífero que come o peixe/sapo cru infectado. A infecção do humano é rara, mas pode ocorrer. No mamífero (ex: no cão) a larva penetra a parede do intestino e migra ao rim e/ou cavidade peritoneal (geralmente o rim direito, devido à proximidade com o duodeno). O parasita destrói o parênquima renal e na imagem ultrassonográfica vemos a cápsula renal e o corpo do verme (estruturas anelares e longilíneas como na foto). Os ovos do parasita podem estar presentes na urina e, portanto, a análise do sedimento urinário auxilia no diagnóstico. Porém, somente haverá ovos se um dos vermes for uma fêmea gravídica. Por isso, a ultrassonografia abdominal é tão importante para o diagnóstico.
Na topografia de rim direito de um cão observou-se a presença dos vermes, com destruição do parênquima renal.

 

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